Estudo comprova que Lucy já andava de modo ereto
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Estudo comprova que Lucy já andava de modo ereto


Um osso do pé de um ancestral do homem moderno encontrado em Hadar, na Etiópia, sugere que esses hominídeos andavam eretos e tinham pés arqueados como nós. A descoberta, descrita na edição de sexta-feira, 11, da revista Science, apoia a hipótese de que o Australopithecus afarensis - espécie da famosa Lucy - não vivia parte de sua vida em árvores, andando essencialmente como os homens de hoje.

Os A. afarensis viveram entre 3.7 e 2.9 milhões de anos atrás e o esqueleto de Lucy, o mais completo já encontrado, revelou que ela andava ereta. Desde então, paleontólogos discutem se todos os membros dessa espécie eram bípedes ou se viviam parte de suas vidas em árvores, apresentando uma forma de locomoção intermediária entre os chimpanzés quadrúpedes e os humanos bípedes. No entanto, o entendimento sobre a questão havia sido prejudicado devido ao raro registro de fósseis contendo os ossos dos pés.





Uma equipe de cientistas da Universidade do Missouri e da Universidade Estadual do Arizona agora descreve um novo osso do pé praticamente perfeitamente preservado. O osso é um quarto metatarso, um dos ossos longos que ligam os dedos à base do pé. Ele tem diversas características similares aos ossos dos humanos modernos, ao contrário dos ossos dos primatas. Por exemplo, suas duas extremidades são torcidas uma em relação à outra e ele se inclina em um ângulo relativamente agudo em direção aos dedos.


Esse pé, assim como seu arco bem formado, seria firme o suficiente para se apoiar no solo, mas flexível o suficiente para absorver o choque das pisadas. Esse fóssil também sugere que o pé do A. afarensis já tinha se transformado completamente de estruturas adaptadas para agarrar em um estrutura adaptada para andar e correr, disseram os pesquisadores.


Humanos, diferentemente de outros primatas, têm dois arcos nos pés, um longitudinal e outro transverso, que são compostos dos ossos do meio dos pés e suspensos por músculos da sola dos pés. Durante uma caminhada, esses arcos têm duas funções importantes: ajudar a empurrar o solo e absorver o choque das pisadas.


O local 333 em Hadar, onde a descoberta foi realizada, também é conhecido como "Sítio da Primeira Família", pois é a fonte mais rica de fósseis de A. Afarensis na África, onde mais de 250 descobertas já foram realizadas, representando ao menos 17 indivíduos. O projeto Hadar é o programa de paleontologia mais antigo ainda em funcionamento no vale do Rift na Etiópia, desenvolvendo pesquisas há mais de 38 anos.


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