Penas: Dos dinossauros às aves
Dinossauros

Penas: Dos dinossauros às aves


Pena da cauda de um Quetzal-de-cabeça-dourada
© National Geographic

É difícil se surpreender hoje em dia quando vemos em um noticiário ou em alguma página da web a descoberta de algum fóssil de dinossauro dotado de penas. Vem crescendo mais e mais o número de achados emplumados, o que confirma ainda mais a tese de que as Aves são os dinossauros atuais, como bem sabemos.
Filhote de ave africana, turaco-de-ross
© BBC Brasil

Em um filhote de ave em crescimento, todas as penas surgem como cerdas que se erguem na pele, só depois elas se fendem e assumem formatos mais complexos. No embrião, essas cerdas irrompem de minúsculas áreas de células ectodérmicas, os placoides. Um anel de células de crescimento rápido no topo do placoide ergue uma parede cilíndrica que se transforma numa cerda. Foi descoberto que os crocodilianos (parentes mais próximos dos dinossauros e aves atualmente) em sua fase embrionária também apresentam placoides. No entanto, durante o desenvolvimento do embrião, cada um deles ativa genes que fazem com que apenas a parte inferior se desenvolva, formando assim as escamas. Então pode ser que bem antes das linhagens das aves e crocodilianos terem se divergido, a milhões de anos atrás, seus antepassados poderiam sim compartilhar das mesmas características, a diferença está no gene associado à construção das penas e escamas, que fez com que em uma linhagem as células crescessem na vertical, como foi no caso das aves; e na outra crescesse na horizontal, como nos crocodilos e aligátores. As penas em si são uma maravilha da natureza, e que todos nós temos a oportunidade de apreciar, é algo tão comum que passa despercebida pela maioria das pessoas. Porém se pararmos para analisar, nos deparamos com uma estrutura bem complexa, com variadas formas e as cores mais exuberantes.
"A ciência arruinou os dinossauros"
© PaleoNews

Não é todo mundo que fica feliz em saber que aquele dinossauro carnívoro e com aparência monstruosa na imaginação de muitos, estava mais para uma ave com dentes. Como foi no caso do velociraptor, por exemplo, que depois de muitos estudos, foi comprovado que o seu corpo era quase todo emplumado, o que o deixou mais parecido com um Peru do que com o “vilão” que vemos no filme de Steven Spilberg. Mas essa descoberta fascinante não se limita somente aos terópodes. Já foram encontrados exemplares com penas no grupo dos Ornitisquianos, como o Tianyulong (Ornitópode) e o Psittacosaurus (Ceratopsídeo). É notável que as penas não evoluíram em função do vôo, mas sim em função de inúmeras outras funcionalidades. Podemos dizer que o vôo foi se aperfeiçoando com a evolução das penas, desde aqueles pequenos répteis emplumados que saltavam de árvore em árvore, até as aves atuais. 
Cauda do Psittacosaurus
© National Geographic

Sabe-se então que as penas não são usadas somente e exclusivamente para o vôo; não é a toa que existem tantas formas e cores para essa ferramenta. Muitas espécies de aves usam de suas plumagens apenas para exibição, a fim de encontrar um parceiro para acasalamento. Outras auxiliam na postura do animal, dando estabilidade em uma eventual corrida, melhorando a aerodinâmica. Nos dinossauros, não se sabe ao certo para que serviam as penas. Em algumas espécies podemos especular que elas eram usadas num estilo de vida semelhante ao das aves atuais. 
Concepção Artística do Anchiornis
© Michael DiGiorgio/Courtesy Yale

Em 2010, o Anchiornis brilhou na história da paleontologia, ao se tornar o primeiro dinossauro cuja coloração genuína foi descoberta. Paleontólogos haviam descoberto grânulos microscópicos com pigmentos responsáveis pelas cores, os melanossomos, e assim, decodificaram a coloração de todo o corpo do Anchiornis: Crista vermelho-ferrugem, corpo cinza-escuro e asas com faixas brancas e pretas. Porém, ainda há muita coisa para saber, e descobrir, até que um dia possamos saber, com precisão, qual a função desse mecanismo nos dinossauros, e como realmente se deu a separação entre répteis e aves, se é que realmente houve.

Referências: Revista National Geographic



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