COMO EXPLICAR A EXTINÇÃO, PARTE 1
Dinossauros

COMO EXPLICAR A EXTINÇÃO, PARTE 1



































































UMA DAS MAIORES DÚVIDAS QUE ASSOLA A MENTE DE HISTORIADORES E CIENTISTAS É O VERDADEIRO MOTIVO DA EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS. TEORIAS NÃO FALTAM E OS PROFESSORES CONTINUAM TRABALHANDO.

Um gigantesco meteoro atingiu a Terra 65 milhões de anos atrás, onde hoje se encontra o Golfo do México. Em primeiro lugar, a atmosfera foi vazada pelo bólido incandescente e incrivelmente veloz, o que causou turbulências inomináveis na atmosfera. Seu impacto na península de Yucatán foi tão devastador que ondas gigantes de água, tanto fria quanto fervente, se formaram e invadiram o continente. O impacto em terra firme levantou pedras, poeira, vapor de água e fumaça para a atmosfera, formando uma imensa nuvem escura que impedia a passagem da luz do Sol. Com isso, a superfície esfriou, comprometendo o conseqüente crescimento das plantas, que não podiam mais fazer fotossíntese. Indispensável para o metabolismo dos répteis, a falta de luz solar também provocou um abalo total na cadeia alimentar do período Cretáceo. Sem plantas, os grandes herbívoros morreram de fome. Assim, os dinossauros carnívoros e herbívoros estavam fadados à extinção.
Restam, pelo menos, algumas perguntas: não teria esse meteoro destruído, completamente, a vida no planeta? Absolutamente nenhum réptil gigante teria sobrevivido para perpetuar a espécie? Onde estariam as carcaças e fósseis queimados, chamuscados, fraturados ou destruídos no tal impacto? O Golfo do México é mesmo uma cratera de meteoro? Ou, ainda, um asteróide realmente poderia causar esse tipo de dano?
A única certeza é de que no Golfo do México há, sim, uma cratera. Chamada Chicxulub, está coberta por uma camada de um quilômetro de resíduos na costa de Yucatán, é alvo de intenso estudo não apenas por paleontólogos, mas também físicos, climatologistas e outros especialistas. Mas tudo isso não implica necessariamente que este impacto tenha sido responsável pela morte dos reis-lagartos do período Cretáceo.
A incessante busca da causa da maciça mortandade dos dinossauros é um ponto de pesquisa crucial para os cientistas. A vida no planeta mostra-se muito frágil por essa ótica. Aparentemente, uma Era Glacial, uma queda no nível de óxigênio, erupções vulcânicas exageradas podem colocar em risco qualquer ser vivo, incluindo os humanos.
Impotante notar que no período Permiano, 250 milhões de anos atrás, também houve algum grande evento que dizimou grande parte das espécies vegetais, 70% das criaturas terrestres e 90% das aquáticas. Nesse caso, aponta-se como causa violentas erupções acontecidas na Sibéria ou ainda meteoros gigantes que atingiram a região do Japão e da China.
Cientistas apontam também para uma grande falha no estudo paleontológico quanto à diversidade das espécies em questão. A maior parte das escavações e descobertas de fósseis dos grandes répteis foi feita no lado oeste dos Estados Unidos. Além disso, a maior parte dos achados data dos dois últimos milhões de anos do Cretáceo, o que ajuda a diminuir a projeção da diversidade que, supõe-se, existia. Imagina-se que todos os continentes fossem habitados e que, conseqüentemente, haja fósseis-chave ainda a serem encontrados. Porém, da mesma forma que a corrida espacial esfriou devido ao seu alto custo, as grandes escavações também seguem uma tendência de arrefecimento.

DUPLO IMPACTO
Peter Schultz e Steven D'Hondt, ambos de universidades de Rhode Island, nos Estados Unidos, acreditam que não apenas um asteróide de 10 quilômetros formou o Golfo do México, mas que também outros impactos menores tenham contribuído para a morte dos animais. Para eles, o asteróide atingiu o planeta vindo do sudeste e jogando dejetos para noroeste, ou seja, os Estados Unidos. A extinção teria, então, começado por aí e se espalhado rapidamente por todo o globo. Em questão de meses, os grandes animais pré-históricos teriam morrido. A teoria é fundamentada em grande parte no formato da cratera, que ao invés do padrão circular, apresenta-se em formato de elipse, comprovando o sentido da tragetória. Além do clima, o campo magnético, as formações geológicas e até a própria força da gravidade teriam seus padrões alterados. De fato, a presença de cristais de quartzo apresentando fraturas originadas pelo impacto são mais presentes nos EUA do que na Europa ou Pacífico.



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